22.2.14

As Portas do Universo - Capítulo 9

E foi então que o pânico atingiu os moradores de Green Gardens.
- Mamãe, o que está acontecendo? – perguntou um garotinho que passava na rua ao lado de sua mãe.
- Não faço a mínima ideia.
Quando finalmente caí na real, eu percebi que estava cercado de monstros. Monstros de todos os tipos, além dos que já haviam aparecido. Homens mutantes com músculos além da realidade, mulheres com lanças afiadíssimas, porta magos (provavelmente Kevin prometeu algo a eles), e uma infinidade de outros. Falei as palavras: odut ykoi. E as garras cresceram nas minhas costas, a espada apareceu em minha mão. Vai ser impossível, pensei. Mas se for pra morrer, que eu morra lutando, não é isso que acontece nos filmes?
Olhei em volta, procurando meus amigos. Polly lutava com bravura, aniquilando todos os monstros à sua frente. Greg, que era literalmente um supremo porta mago, matava monstros apenas com seu olhar. George espetava os pés dos monstros com uma faca de cozinha e tia Melly jogava frascos de poção. Porém não duraríamos muito, a fadiga tomaria conta de nós, as poções se esgotariam e os monstros iam fazer o que Kevin queria, seja lá o que ele quisesse.
- GLUB GLUB – falou uma voz alta em algum lugar atrás de mim. – GLUB! GLUB! OS MONSTROS NÃO FAZEM GLUB GLUB!
Olhei para trás e havia... havia Ronwell ... e ele tinha cinco metros! Como diabos ele foi ficar daquele tamanho?! Mas não era hora de pensar nisso, ele nos salvaria. Ronwell esmagava as criaturas como se as mesmas fossem seus brinquedinhos de borracha. Logo, no quintal não havia mais monstro algum. E eles também não entrariam com medo do gato. Mas isso também não duraria para sempre, sejamos realistas.
- Obrigado, Ronwell. – ele respondeu com um ronronado.
- É sempre um prazer ajudar os meus donos.
- Você pode montar a guarda enquanto nós resolvemos o que vamos fazer, amigão? – perguntei.
- Claro, é você quem manda! – e foi correndo para o portão, brincando com seus novos bichinhos-de-enchimento.
- O que vamos fazer agora? Não podemos sair daqui, e não podemos ficar lutando durante o resto de nossa vida! – falou Polly – Nós temos de pensar em uma forma de escapar disso tudo!
- Mas primeiro precisamos descobrir o que aconteceu aqui, nós não sabemos o que é esse tal de PIREWALL, não sabemos como removê-lo, não sabemos de NADA! – falei.
- Eu sei. – falou uma voz desconhecida, vinda do bosque.

Sobre o autor

Fascinado por mitologia (todas), Daniel Marciano se inspira em Harry Potter, Percy Jackson e As Crônicas de Nárnia para escrever sua história. Ele gosta de deixar os leitores sempre mais curiosos para ler, deixando sempre uma dúvida no fim dos capítulos.

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